Armadilha 3: Quando estudar fica chato

Talvez você já tenha percebido que estudar com uma abordagem superficial é bem simples, não tem segredo, você não precisa saber nenhum método de aprendizado. Você entende o material, faz anotações com o que quer memorizar, e repete os pontos chaves até decorar, aí você escreve o que foi memorizado na hora da prova. É a repetição por força bruta que serve para ter nota, mesmo sem ter aprendido.

Infelizmente, essa é a estratégia usada pela maior parte dos estudantes brasileiros. Como demonstra em pesquisa com universitários, o pesquisador António Duarte apresentou que:

“Os elementos literalmente memorizados são mais tarde ‘regurgitados’ nas avaliações exigidas pelos processos acadêmicos.”

Estudar desse modo repetitivo não gera dopamina, que é essencial para a atividade cerebral no processo de aprendizagem. Estudar desse modo é um tédio, sem fascínio, a pessoa cai numa rotina cansativa que leva ao desinteresse nos estudos.

Estudar com a abordagem superficial é um tédio, então a pessoa não tem ânimo para estudar.

Assim, o aluno diminui sua capacidade de concentração, a motivação cai, e ele não aprende. A armadilha é que isso gera um ciclo vicioso, ou seja, um ciclo que alimenta a si mesmo. Como o estudo está chato, o aluno perde o interesse de estudar, e quando ele perde o interesse em estudar, menos ele aprende e mais chato o estudo fica.

O inverso disso é o estudante que tem um método de aprendizado focado na abordagem profunda, assim, ele cria gosto pelo aprendizado e tem muita motivação para estudar, pois ele está de fato desenvolvendo sua expertise. É por isso que ele aprende muito mais rápido.

Quem gosta de estudar aprende mais rápido e desenvolve a expertise. Quem não gosta de estudar demora a aprender e desenvolve a memorização.

Estudar para memorizar é um tédio. Estudar com método e se tornar um expert, é um fascínio.

Não caia na armadilha de pensar que estudar e aprender é chato só porque a sua escola usa uma abordagem de ensino que é tediosa.