Armadilha 4: Técnicas de estudo que não servem
Foi tentando vencer o problema da chatice que é estudar com a abordagem superficial, que surgiram as músicas que explicam a matéria. Cantores que transformam as informações dos livros em melodias.
Cuidado! Cantar uma música em que a letra é a matéria que você quer aprender não gera nenhum aprendizado. Cantar uma música com a matéria continua sendo a memorização mecânica, tirando a maquiagem da melodia você percebe que no fundo continua a mesma abordagem superficial de decorar a matéria.
Cantar o livro inteiro de matemática não desenvolve seu raciocínio lógico matemático. Quando for preciso usar o raciocínio lógico para solucionar um problema, não adianta cantar um verso e tentar lembrar da matéria.
Cuidado com a armadilha de usar artifícios de memorização, como cantar a matéria, onde o conteúdo do livro vira rima, mas não vira aprendizado.
No passado, os cursos pré-vestibulares usaram essas técnicas para fazer os alunos passarem na prova do vestibular, mesmo sabendo que isso não ensina. Foi assim que muitos cursos pré-vestibulares ensinaram decoreba para os alunos escreverem na prova do vestibular, mesmo sem ter aprendido. Mas aí, o aluno entrava na faculdade e era reprovado nas disciplinas porque ele entrou sem ter aprendido a base necessária.
Além disso, essa estratégia de estudo não funciona mais nem para passar no vestibular, os processos seletivos atuais não cobram mais memorização, eles cobram conhecimento.
O livro “The Cambridge Handbook of Expertise and Expert Performance”, apresenta várias técnicas de como podemos nos tornar experts, e sair cantando músicas para tentar aprender não é uma dessas técnicas.
Eu não sei se você percebeu, mas os experts não construíram conhecimento cantando músicas para decorar a matéria, isso só funciona para os memorizadores que decoram a letra, mas não aprendem o significado.
Não caia na armadilha de usar uma técnica de memorização para estudar em vez de usar um método de aprendizado para se tornar um expert.