Era conceitual

Como estudar após o fim da era da informação

O fim da era da informação já chegou e os estudantes e profissionais precisam entender como estudar de maneira otimizada na nova era da humanidade.

Está na hora de repensar a forma como você estuda. Para entender o porque, é importante conhecer as eras da humanidade, visualizar como o mundo evolui e então perceber que muitas das técnicas de estudo do passado já estão ultrapassadas.

ERA 1: ERA PRIMITIVA

A primeira era da humanidade foi a era primitiva, há mais de 10 mil anos, uma época em que o homem vivia da caça de animais e da coleta de alimento.

Atividades de todo o dia na era primitiva: caçar animais, coletar alimento.

A sobrevivência do homem dependia da sua força para caçar, nesse momento, a força física era o capital mais valioso.

Na era primitiva, produzia mais riqueza quem tinha mais força para caçar.

ERA 2: ERA DA AGRICULTURA

Depois da era primitiva, veio a era da agricultura, que começou há dez mil anos atrás (8.000 a.c.), quando o homem fez uma descoberta que mudou para sempre seu modo de viver. Ele percebeu que poderia plantar ao invés de sair coletando alimento, descobriu que poderia criar animais ao invés de viver da caça.

Assim, o ser humano deixou de viver em tribos nômades e construiu as primeiras civilizações.

Foi um momento em que a escola não tinha nenhuma ligação com o mundo do trabalho. Afinal, o trabalho no campo não exigia nenhum estudo, o trabalho só exigia força braçal.

Atividades do dia: plantar alimentos e criar animais.

Na era da agricultura o capital mais valioso era a terra, os mais ricos eram os donos e herdeiros das terras mais produtivas. Quem não era dono da terra, vendia sua força braçal no trabalho do campo.

Na era da agricultura, produzia mais riqueza o dono da terra mais produtiva.

ERA 3: ERA INDUSTRIAL

Depois da era da agricultura, veio a era industrial, que começou em 1760, com a máquina a vapor construindo máquinas que substituíam o trabalho braçal. O cultivo deixou de depender da força braçal e agora era realizado por máquinas.

Era industrial: mudança drástica na paisagem.

Foi nesse momento que surgiram as primeiras fábricas e que foram requisitados muitos profissionais com habilidades de manipulação, como os soldadores.

Então, a maior parte da população migrou para as cidades, os trabalhadores do campo se tornaram profissionais assalariados, tanto na indústria como no mercado de serviços.

Na era industrial, a produção passou a ser padronizada e a escola ganhou lugar de destaque para formar bons profissionais, o que naquela época representava profissionais bem instruídos e habilidosos.

Nesse momento tivemos uma revolução da escola com a pedagogia que conhecemos hoje. A escola adquiriu uma nova função, a de instruir as pessoas. Inclusive, foi nessa época que surgiram as escolas técnicas, próprias para ensinar profissões para a indústria.

Era industrial. Quantos trabalhadores eram precisos para montar um carro?

Com a industrialização, a terra perdeu valor e o grande novo capital são as máquinas.

Na era industrial, produzia mais riqueza o dono da indústria mais produtiva.

ERA 4: ERA DA INFORMAÇÃO

Depois da era industrial, veio a era da informação.

Nasce uma nova era: UNIVAC – UNIVersal Automatic Computer

Essa era começou a nascer em 1952. Nesse ano, foi comercializado o primeiro computador pessoal do mundo, o UNIVAC.

Nesse momento, profissionais com habilidades manipulativas começaram a ser substituídos pelas máquinas, que agora eram capazes de seguir instruções com precisão. Como os robôs que substituem os soldadores.

Desafio: encontre todos os seres humanos que aparecem na foto de uma fábrica de carros da era conceitual.

Os profissionais com habilidades começam a terem menos valor no mercado, assim como a necessidade de profissionais com conhecimentos de cursos superiores aumenta.

Na era da informação, produz mais riqueza quem tem mais informações.

ERA 5: ERA CONCEITUAL (ATUAL)

Após a era do conhecimento, surgiu a era conceitual, que se iniciou após o ano 2000. Essa era representa o domínio total da manipulação de grandes bancos de dados usando técnicas de softwares como o Big Data, Aprendizado de máquina e Inteligência Artificial.

As máquinas já haviam substituído o trabalho braçal na era industrial. Já haviam substituído o trabalho que exigia habilidades manuais na era da informação. Agora, a era conceitual muda toda a economia, e vai causar uma mudança ainda mais radical, as máquinas agora também substituem profissionais memorizadores de informação.

Um único software barato, exércitos de advogados memorizadores de leis substituídos.

Essa nova era levou a uma condição extrema em que computadores podem substituir profissionais com ensino superior, como médicos e advogados que apenas memorizam leis ou sintomas. O computador já é capaz de emitir laudos e diagnósticos.

Os computadores substituem a memorização de informação de um profissional, mas não substitui a expertise e a criatividade humana, seja ele médico ou advogado.

Conclusão

Quem produz mais riqueza não é mais quem tem mais força, não é quem possui mais terra, não é quem é o dono da maior indústria e nem quem tem mais informação. Quem produz mais riqueza são os experts em um assunto. Na era conceitual, produz mais riqueza quem tem expertise para inovar.

Portanto, não estude para adquirir informação. A era da informação acabou. Estude para adquirir expertise, pois é isso que tem grande valor na nova era da humanidade.

A resposta direta para a pergunta ‘Como estudar após o fim da era da informação?’ é: não perdendo tempo memorizando informações e investindo tempo para se desenvolver como um expert em uma área do conhecimento.

Anderson Ferreira

Anderson Ferreira é engenheiro mecânico pela PUC Minas, MBA em gestão de projetos pela USP, certificado como PMP pelo Project Management Institute, Mestre em Engenharia pela UFMG e certificado PMO-CP pela PMO Global Alliance. Anderson ama a gestão de projetos e engenharia, e acredita que unindo esses dois conhecimentos podemos construir um Brasil cada vez melhor.

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