Heutagogia

Como estudar sozinho quando a sua escola está ultrapassada

Você já avaliou a qualidade da sua escola e percebeu se ela está utilizando as melhores e mais atuais técnicas de aprendizado? Se a sua escola está ultrapassada (como a maioria das escolas estão), leia esse post e descubra como estudar sozinho e ser um autodidata.

A sua escola não passou de ano (não chegou na era conceitual)

Conforme é apresentado no post A revolução do aprendizado na era conceitual, a economia mudou e o objetivo de estudarmos também. Não precisamos mais de instrução, precisamos de expertise.

Existe um novo método de aprendizado, tão revolucionário quanto a era conceitual. Um método que permite o desenvolvimento da expertise de forma acelerada.

Mas antes de eu te falar qual é esse método, vamos fazer uma análise do método atual que a escola ensina aos estudantes.

Escola brasileira na era industrial
Escola brasileira na era industrial

Essa é uma sala de aula de uma escola brasileira em 1934, em plena era industrial, percebemos:

  • Alunos sentados fazendo anotações;
  • O professor de pé passando informações para os alunos.
Escola brasileira que não chegou na era conceitual
Escola brasileira que não chegou na era conceitual

Analisando a foto da mesma sala de aula atualmente:

  • Alunos sentados fazendo anotações;
  • O professor de pé passando informações para os alunos.

Bom, agora tem um data-show. Agora o professor não precisa escrever no quadro, basta colocar tudo em um slide.

Será que o data-show representa uma revolução para acompanhar a revolução da era conceitual?

Olhe as duas fotos novamente e responda você mesmo a essa pergunta, parece que a revolução digital chegou ao sistema educacional?

Estamos comparando uma foto de 1934 com a mesma sala de aula atualmente.

Os imigrantes digitais e o seu modo de estudar ultrapassado

Um dos mais respeitados pesquisadores em aprendizado do mundo, Marc Prensky, nos apresentou em suas pesquisas que o sistema educacional tem ensinado a geração atual a estudar do mesmo modo antigo da era industrial ou da era da informação.

Marc Presky é o autor do termo “nativo digital”, criado para se referir a todas as pessoas que iniciaram os estudos na era digital, e do termo “imigrante digital” criado para se referir a geração mais velha, que iniciou os estudos na era da informação.

Conforme ele apresenta em seu artigo H. Sapiens Digital: From Digital Immigrants and Digital Natives to Digital Wisdom, os imigrantes digitais ainda estão aprendendo a nova lógica de aprendizado dessa nova era da sociedade.

O problema acontece quando uma pessoa da geração mais velha, um imigrante digital, assume uma postura conservadora e nem descobre que existe um novo método de aprendizado, e acaba ensinando para um nativo digital um método de estudo ultrapassado.

Se você é um nativo digital, faz parte da nova geração que quer descobrir novas e melhores formas de aprender, a Escola Expert é para você.

E se você é um imigrante digital, a Escola Expert também é para você, desde que você esteja disposto a revolucionar o modo como você aprende.

Nunca é tarde demais para descobrir uma nova forma de estudar melhor e mais rápido.

A resposta não é comprar um tablet

Eu concordo com Marc Prensky e com os maiores pesquisadores em aprendizado do mundo, o sistema educacional está obsoleto, estamos na era do conhecimento com um sistema feito para a era da informação. Além disso:

  • Não adianta substituir o quadro pelo data-show;
  • Não adianta substituir o caderno por um tablet;
  • Não adianta substituir o livro por um pdf.

Conforme uma estudante relatou em pesquisa apresentada no artigo The 21st Century Digital Learner:

“Muitos professores fazem um PowerPoint e acham que são incríveis, mas é como escrever no quadro negro.”

Portanto, essa sala de aula aqui, repleta de equipamentos tecnológicos, também não é suficiente para o novo método de aprender. Não adianta ter toda essa tecnologia e usar ela como se estivéssemos na era industrial.

Estudar sozinho não depende de ter uma sala tecnológica
Estudar sozinho não depende de ter uma sala tecnológica

A questão é que a revolução no aprendizado na era conceitual não será simplesmente uma revolução da escola, vai ser uma revolução dos estudantes, onde cada indivíduo deverá saber como gerenciar o próprio conhecimento. Aprender a estudar sozinho se tornou essencial.

Como estudar sozinho e ser um autodidata

A principal atitude para estudar sozinho é buscar a fonte da informação e não se limitar às informações que o professor diz em sala de aula.

Em vez de ler o slide que o professor criou para fazer a aula, busque o livro de onde ele coletou essas informações.

Em vez de apenas passar a aula assistindo o que o professor diz e em casa reler suas anotações sobre o que o professor disse, leia o livro antes mesmo de o professor começar uma determinada matéria e chegue na aula cheio de dúvidas.

A sua velocidade de leitura é muito maior que a velocidade de fala do professor, além do mais, você controla a sua velocidade de leitura, pode acelerar ou reduzir ela conforme a sua necessidade. Contudo, você não controla a velocidade de fala do seu professor.

Estude sozinho em casa e receba as informações direto da fonte, em vez de receber as informações pelo professor. Assim, use o tempo de sala de aula para tirar dúvidas, corrigir exercícios e analisar as perspectivas do material que estudou.

Conclusão

O mundo se revolucionou, surgiu um novo método de aprendizado revolucionário, está na hora de aprender esse método e assumir a responsabilidade pelo próprio aprendizado.

Não adianta usar as novas tecnologias da era conceitual e continuar com o mesmo método de estudo da era da informação.

Para estudar sozinho você não precisa de um tablet de última geração ou de um computador novo. Você só precisa ter acesso ao material de estudo e seguir as técnicas da heutagogia.

Para saber mais sobre a heutagogia e sobre como estudar sozinho, leia o post Heutagogia: O novo método de estudo da era conceitual.

Anderson Ferreira

Anderson Ferreira é engenheiro mecânico pela PUC Minas, MBA em gestão de projetos pela USP, certificado como PMP pelo Project Management Institute, Mestre em Engenharia pela UFMG e certificado PMO-CP pela PMO Global Alliance. Anderson ama a gestão de projetos e engenharia, e acredita que unindo esses dois conhecimentos podemos construir um Brasil cada vez melhor.

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