Heutagogia

A revolução do aprendizado na era conceitual

A era conceitual está revolucionando o mundo. A indústria, que antes tinha grande quantidade de pessoas, passou disso:

para isso:

Hoje, já estamos na quarta revolução industrial, máquinas inteligentes produzindo máquinas inteligentes, com o mínimo de intervenção humana.

O sistema bancário se revolucionou. As agências, que eram repletas de trabalhadores em 1950:

Na era do conhecimento se tornaram assim, repletas de máquinas computadorizadas:

As profissões também se revolucionaram. Os engenheiros passaram disso:

Para isso: Com o computador permitindo análises de engenharia que eram impossíveis usando o papel.

O maior acervo de conhecimento deixou de estar nas bibliotecas físicas, para estar na sua mão, sendo disponível a todos com acesso a internet, a qualquer hora e em qualquer lugar.

Essas grandes mudanças se estendem a inúmeras áreas. Não precisamos ficar enchendo esse post com mais exemplos. É fácil perceber que a era conceitual revolucionou o nosso mundo. A questão chave é que o nosso modo de estudar precisa acompanhar essa revolução.

Essa revolução chegou ao mundo do trabalho e do dinheiro. O mundo precisa cada vez mais de experts nas mais diversas áreas do conhecimento. E a cada vez menos o mundo precisa de pessoas instruídas, pessoas que apenas memorizam a instrução de como realizar uma determinada tarefa.

O relatório The future of jobs, publicado pelo fórum econômico mundial, demonstra que as habilidades importantes para os profissionais da era do conhecimento são muito diferentes das habilidades dos profissionais da era industrial. As diferenças são enormes.

A verdade é que, enquanto as habilidades mais valorizadas na era da informação eram:

  • Instrução
  • Padronização
  • Disciplina
  • Memorização

As habilidades mais importantes para a era do conceitual são:

  • Expertise
  • Criatividade
  • Motivação
  • Inovação

Não dá para continuar a estudar do mesmo modo da era industrial, quando o objetivo era instrução. O objetivo agora é desenvolver expertise.

Além disso, na nova era, o conhecimento evolui com muito mais velocidade, precisamos de um método que nos permita aprender tão rápido quanto a era do conhecimento se desenvolve.

As informações estão disponíveis na internet a um preço baixo. Cabe a você transformar essas informações em conhecimento, e então transformar esse conhecimento em competência, e então transformar essa competência em expertise.

Não estude para acumular informações ou reter conhecimentos inúteis. Estude para transformar conhecimento em ação, e pela prática deliberada dessa ação, se tornar um expert no seu trabalho.

Mas atenção! A revolução do seu modo de estudar não está na escola. A nova era requer conhecimentos específicos e agilidade no aprendizado. Dessa forma, é hora de abandonar a pedagogia e abraçar a ciência de ser autodidata, a heutagogia.

Precisamos estudar com um método de aprendizado que desenvolva a expertise e que seja tão veloz quanto a era conceitual.

Anderson Ferreira

Anderson Ferreira é engenheiro mecânico pela PUC Minas, MBA em gestão de projetos pela USP, certificado como PMP pelo Project Management Institute, Mestre em Engenharia pela UFMG e certificado PMO-CP pela PMO Global Alliance. Anderson ama a gestão de projetos e engenharia, e acredita que unindo esses dois conhecimentos podemos construir um Brasil cada vez melhor.

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